Engraçado,
tenho passado algum tempo dos meus dias pensando muito sobre um assunto. Estou
preocupada de verdade. Até com certo medo, eu diria. Já perdi o sono, pronto
falei!!!
Se você tem
lido o blog já sabe minha idade, então não tem problema em revelar que a
insônia tem a ver com minha memória, minhas lembranças do passado. De minha
infância, para ser mais clara. Estou tremendamente tensa, pois acredito que
assisti à extinção de algumas espécies e isso significa, para mim, algumas das
seguintes alternativas: (A) Estou muito velha e já vivenciando extinção de
animais, um lance tipo dinossauros, destruição; (B) Existe um complô contra
minha pessoa, porque ninguém comenta o extermínio; (C) Fiquei louca e a família
não percebeu; (D) Estou vivendo num mundo paralelo; (E) Estou cega. Simples
assim. Só eu não vejo tais animais e eles continuam andando por aí.
Vamos aos
fatos. Quando eu era criança tinha medo, muito medo de um cachorro da raça
doberman. Ele era de porte grande, fortíssimo e todo preto! Sabe cachorro do
demo? Esse mesmo! Geeeeente até filme sobre esse doberman tinha. Se não me
engano era O Ataque dos Dobermans e passava sempre na Sessão de Gala (ou seria
na Sessão Coruja? Sei lá, são os Supercine do século passado). Um filme de
terror que me fazia dormir tapada até o topo da cabeça, morta de medo. O tal
cachorro era uma fera, tipo o avô dos pitbulls. Um perigo!!
Lembro também
que essa raça foi coadjuvante de outro clássico do terror, A Profecia. Pra você
ver que o carinha definitivamente era a encarnação do capeta no mundo canino,
pode acreditar! Pois bem, cadê a criatura? Alguém viu? Alguém já ouviu falar?
Viram ele andando por aí? Acabou. Sumiu como fumaça. Escafedeu-se. Nunca mais
ouvi falar nos dobermans. Ficaram no passado da minha memória. Extinguiram-se
ou saíram de linha, não fabricam mais.
Só para ficar
no cinema de quatro patas: cadê a Lassie? Linda e loira, ela se aposentou? Cachorra
maravilhosa, a Suzana Vieira das cachorras! Grande atriz!! Contracenou até com
a Elizabeth Taylor e só perdeu o Oscar para aquele Pastor Alemão, o
Rin-tin-tin! Minha heroína, forte e corajosa, todas as cadelas sonhavam em ser
a Lassie. Então, por onde andam os collies? Raça totalmente do bem. A Lassie
não deixou nenhum descendente? Pelo jeito não.
Também na
minha infância, mas na praia, existiam uns bichinhos bem na beira, que
beliscavam os pés da gente. Andavam debaixo da areia e saíam, cavando e
subindo. Nas praias que eu frequentava no Rio Grande do Sul, eles chamavam
tatuíra. Pareciam uns cascudos albinos, branquinhos, branquinhos. Tinham tantos
tatuíras que se fossem comestíveis, dava para matar a fome na África. Vocês
acreditam que nunca mais apareceu um só para contar a triste história? Sim,
porque para terem sumido assim, só pode ter sido um meteoro, portanto um final
prá lá de triste e trágico. Su-mi-ram, desapareceram! Os pezinhos de anjo das
crianças nunca mais foram mordiscados.
E tem mais. Quando
minha família passava o final de semana no interior, em lindas noites de verão,
todas as crianças ganhavam caixinhas de fósforo para caçar vagalumes! Tirando a
parte que enganavam brabo a criançada, porque cá pra nós, alguém já conseguiu
pegar algum insetinho voador numa caixinha de fósforo?? Hoje eu bem sei que era
só para dar ocupação para os pestinhas. Bem, caçar os vagalumes ninguém nunca
conseguiu, mas eu os via. Eu e toda a torcida júnior do Internacional. Aquelas
noites escuras, quentes e aqueles pontinhos de luz piscando bem na frente de
nossos olhinhos infantis. E não é viagem na maionese. Eles estavam lá. Estavam.
Pois também é outro caso de extinção.
Nunca mais vi
os vagalumes, nunca mais vi tatuíras, os dobermans nem os collies. E estou
quase certa de que os cachorros pequineses estão sumindo também. Quase posso
garantir que eles serão os próximos...
Ninguém
vai fazer nada? Parem as máquinas! Chamem o Fantástico! Pessoal, eu estou bem
preocupada porque estas coisas estão acontecendo bem na nossa frente. É algum
tipo de conspiração? Seleção natural? Chacina? Atentado terrorista? Foi a gripe
suína? Mistério instalado! Procura-se uma explicação. Ah! E se você quiser me
ajudar nas alternativas acima, deixe seu comentário.
Dani. Como sempre me divirto lendo suas cronicas, adorei a cara nova do seu blog. Beijo Gio.
ResponderExcluirFico feliz que você tenha curtido! Beijos!
ExcluirAmiga adorei... sabe que você tem razão, cade esse pessoal todo? Vou pedir para o Charles investigar kkk
ResponderExcluirQuerida amiga!! Que bom que você gostou!! Beijos!
ExcluirSuper legal você é uma escritora de mão cheia. Ta fazendo o que em casa?
ResponderExcluirPuxa, que elogio bacana!! Beijos!
ExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirÉ verdade Dani és mesmo uma escritora de mão cheia , como diz teu leitor acima.Já te tenha dito isto, há mto tempo, não é?Olha que podes te tornar a nossa " Danielle Steel brasileira" !!!! Com muita facilidade!Bjs e siga em frente! Vera
ResponderExcluirQue super elogio! Quem me dera... Muito obrigada pelo apoio e força! Beijos!!
ExcluirDani!!!!!! Amei!! Sabe que essa semana, enquanto levava a Rafa para escola, tinham dois Collies passeando!!!! Ia pegar o celular para te mandar foto, mas como estava dirigindo, não consegui!!!! Mas antes de comentarmos o assunto no fim de semana, nunca mais tinha visto mesmo!!!!!!!! Beijos Sabrina
ResponderExcluirOi Sá! Que alívio saber que os collies estão salvos! kkk! Beijos!!
ExcluirLá em São Pedro tem vaga-lumes e em Bombinhas não só tem tatuíras como os peixes também te beliscam na água rsrs
ResponderExcluirAi que sorte a nossa, duas espécies vistas e salvas! Kkkk! Beijos!!
ExcluirOs vaga-lumes sumidos deve ser culpa do cara da música que caçou "mais de um milhão de vaga-lumes por aí, pra te ver sorrir" rssrsrs
ResponderExcluir