terça-feira, 29 de abril de 2014

E se Ele não quiser... eu quero!



                Um assunto delicado esse de crer, de ter fé, força e foco. Isso de pensamento positivo então já rendeu até livro best seller e filme. O segredo. E era um segredo tão bem guardado, que pelo que me parece à taxa de milionários continuou a mesma. Também não foi muito eficiente aos líderes europeus, nem ao Obama, dado a última crise econômica que fedeu lá e cheirou aqui. Se bem que, analisando friamente, a autora da tal obra, sem dúvida, está gozando de boa sorte. E da nossa cara também.
                Bacana ter postura positiva diante da vida. Otimismo. Acho legal mesmo. Até defendo isso! Mas o tema que quero dividir, e que me irritou profundamente no meu período reflexivo-sumida, é sobre creditar o futuro da humanidade no poder divino dos céus. Nem vou entrar na seara religiosa. Cada um na sua. Mas juro que me dá nos nervos num grau de potência máxima, sentar e esperar que Deus, ou seja lá a força que existe no andar de cima, descortine nosso fim.
                Pode ser através de Buda, Alan Kardec ou até da Pomba Gira, mas você acredita mesmo que o destino nos está desenhado como num joguinho infantil de tabuleiro? Essa é a cena: está lá Jesus Cristo acompanhado de todos os santos ou com os deuses do Olimpo. Sentados com os dados nas mãos, atirando e rolando nossas vidas! Ande duas casas para frente! Agora, pule uma casa para trás! Para trás? Pronto! Aqui é que entram as pessoas para justificarem nossas derrotas e fracassos. Inclusive a boa desculpa para não ir em busca de qualquer coisa. Principalmente dos sonhos.
                Vamos pensar juntos. Será que tem que ser assim mesmo? Você está aí querendo muito que uma coisa importante aconteça e nada. Simplesmente não acontece. Tem sempre alguém para te dizer, que não é a hora! Deus não quis! Vai se abrir uma janela, uma porta ou uma basculante. Virá coisa melhor. São tantas as frases para te consolar usando o supremo, a força do além, que dá para competir com a bíblia! Salve aleluia, salve! Há quem garanta que você se livrou de uma roubada. Afinal, Deus sabe o que faz.
Mas ninguém te questiona o que você realmente fez para conquistar. Muito menos o quanto você quer aquilo, com todas as suas forças. Não tem que ser assim? Identificar seu objeto de desejo e agarrá-lo com unhas e dentes? Eu penso que buscar a realização é muito mais do que esperar os dados rolarem ao seu favor! É levantar a bunda do sofá e esgotar todas, eu disse todas, as possibilidades e alternativas. Não sei ser diferente. Sou obstinada mesmo. E estou quase odiando a máxima do “não era para ser”.
Eu sou dona da minha vida e vontades, sou eu quem sabe quando é a hora do que quero. Minha fé é na força do ser humano e de sua capacidade. Meu foco é nos meus objetivos. Não aceito esperar ganhar o jogo predestinado a mim, nem a desculpa dos conformados. Não quero ouvir mantras do que tiver de ser, será. Geraldo Vandré cantava em plena ditadura militar brasileira: quem sabe faz a hora, não espera acontecer!! Proponho deixarmos este discurso acomodado de lado e corrermos muito, com toda a pressa que a vida passa e conquistarmos o mundo. Ou pelo menos parte dele. Caso contrário, volte ao ponto de partida e perca uma rodada. E seja o que Deus quiser!

terça-feira, 22 de abril de 2014

Eu voltei



Eu voltei! Eu voltei agora pra ficar, porque aqui, aqui é o meu lugar! Quanta inspiração recomeçar meu blog com o Rei! Cafona, mas inspirada! Demorei mas estou de volta! Minhas férias foram longas, maiores que as da minha filha ainda em idade escolar. E olha que ela parou dois meses. É que eu precisava organizar muitas coisas para estar aqui. Organização interna. Mental.

A virada do ano para mim significa bem mais que trocar a folhinha. Isso é muito simples. Tranquilo. Trivial de mais. Bobo até. Pessoas complicadas que tem a mente inquieta, como é meu caso, diga-se de passagem, precisam de certo drama para manusear o calendário. Trocar dezembro por janeiro é um símbolo de tanta coisa na minha cabeça, que precisa de tempo. Precisa reflexão. Preparo, amparo muitas vezes e por fim, reparo. De vida, de atitude e de conduta.

Primeiro de tudo, acontece o balanço. Revisão. Check list. Tudo é revisto tim tim por tim tim. Todos os pingos nos is! Fiz o curso que queria? Sim. Malhei sem faltar à academia? Mais ou menos. Aprendi a fazer risoto de camarão com laranja? Não! Definitivamente, não aprendi e é bom nem lembrar as pobres cobaias das tentativas! Aí vêm os assuntos mais sérios aqueles que realmente eu me importo, que perco o sono. Melhorei como pessoa? Naquela situação xis meu comportamento foi o mais adequado? Meu discurso está coerente? Estou educando direito?

Se eu perdesse só o sono daria um jeito com uma boa metade de dormonid perdido na minha gaveta de cabeceira. Tiro e queda. Com ênfase na queda! O problema é perder a paz! E o maior problema ainda é tirar a paz... dos outros. Meu marido compartilha seeeeempre de meus pensamentos. Espontaneamente? Claro que não, porque eu gosto de azucrinar. Na alegria e na tristeza, lembram? No caso, triste é a situação dele, sem escolha.

O fato é que sem opção, sem alternativa e sem demagogia, e principalmente, sem mentiras, a cada ano preciso avançar. Um passo, um degrau, seja o que for, necessito não cometer os mesmos erros e as mesmas burradas do ano que passou. Burradas? Claro! Sou humana e posso errar. Aliás, não é isso que nos difere dos animais? A permissão do erro com a desculpa de sermos racionais? Errar é humano foi o que nos ensinaram e por conta disso, deitamos e rolamos! Pobre da bicharada. E pobre de nós. Mas um pequeno passo para mim sempre será um grande passo para a humanidade. Acho que ouvi isto em algum lugar... Pois bem, se serei uma pessoa melhor no Ano Novo, quem ganha são meus pares e adeus Ano Velho!

Primeira parte do martírio está pronta! Analisei, revi, acertei, vibrei e me culpei. Ao final tracei novas táticas de guerra para atingir meus novos objetivos. Então com a segunda etapa em desenvolvimento parti para o novo. O que quero aprender? Onde quero chegar? Como vou fazer? Quando começo? E por aí foi. Mais alguns dias só preparando planos. Trabalho na base da cenoura. Ou seja, o jumentinho que vive em mim tá sempre em busca da cenourinha lá na frente. Se é certo ser assim? Não sei, não sei mesmo. Para mim funciona este sistema um pouquinho neurótico, um pouquinho obsessivo de ir atrás do que quero, pretendo e desejo.

Tenho certeza que meus leitores agora compreendem minha demora em retomar meu espaço. Me perdi no calendário, só isso. Minha noite de Reveillon só demora um pouquinho mais que a sua. Mas aviso a todos que estou de volta, estou focada e que o ano promete! E passado todo este tempo de organização pessoal, finalmente, querido blog aqui me tens de regresso! Comecei com o Rei e termino com Nelson Gonçalves. Se é para ser cafona...to nessa! Tamo junto!!